Projeto incentiva carreiras ligadas ao manejo florestal
Plano apresentado ontem no Pará vai capacitar técnicos e professores
A Fundação Roberto Marinho, o Fundo Vale e o Governo
do Estado do Pará lançaram ontem, em Belém, o projeto de educação
“Florestabilidade”. Com o objetivo de despertar vocações para carreiras
ligadas ao manejo florestal e oferecer recursos pedagógicos a
professores e técnicos da extensão rural da Amazônia, a iniciativa foi
apresentada no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. O evento
contou com a presença do presidente da fundação, José Roberto Marinho;
da diretora do Fundo Vale, Mirela Sandrini; e de autoridades locais.
Elaborado para dar frutos a longo prazo, o
“Florestabilidade” deverá ser executado já na próxima semana, começando
pelas cidades de Santarém, no Baixo Amazonas, e Paragominas. A intenção,
neste primeiro momento, é formar os chamados extensionistas – técnicos
que aprenderão novas práticas de manejo florestal e que serão os agentes
multiplicadores desse trabalho em ações junto às comunidades.
O Pará é o estado pioneiro, mas o
“Florestabilidade” será levado no ano que vem para Amapá, Amazonas e
Acre. Sobre a escolha do estado paraense em receber o projeto, a gerente
de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho, Andrea Margit, disse que
trabalhar numa região conhecidamente devastada será um grande desafio.
- Estamos vivendo um momento de virada e queremos
estar nesse movimento – ressalta Andrea Margit, defendendo a ideia de
que, nos próximos dez anos, a Amazônia passará por uma transformação
socioambiental.
Aulas também na TVO projeto
pretende formar mil professores da rede estadual em 2013 e mais cem
técnicos da Emater ainda neste mês para atuarem como agentes de educação
ambiental em manejo florestal. As aulas podem ser vistas ainda pelo
Canal Futura (segunda-feira, às 20h30m). Os recursos pedagógicos incluem
programas de rádio, livros para os mediadores, o jogo Florestabilidade e
um website interativo.
Os participantes receberão kits pedagógicos,
incluindo vídeo aulas, em que os instrutores são exatamente esses
especialistas locais, desenvolvedores das novas formas de práticas
responsáveis para trabalhar na gestão dos recursos da floresta.
- Queremos despertar a vocação desses jovens e
contribuir para sua formação – destacou Mirela Sandrini, diretora de
operações do Fundo Vale.
Fonte: O Globo
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