Brasília-DF,
13/2/2014
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Depoimento
de estudantes de Escolas Famílias Agrícolas mostra mudança de
mentalidade da juventude rural gaúcha. Educação é uma das principais
reivindicações de filhos de pequenos agricultores. Esta matéria integra
série de reportagens sobre o Seminário Juventude Rural e Agricultura
Familiar
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A ideia de que o campo é sinônimo de atraso e subdesenvolvimento começa a ficar no passado. No Sul do Brasil, jovens filhos de pequenos agricultores
manifestaram de forma veemente, no início do mês, que querem permanecer
na atividade de seus pais. Um grupo de mais de 400 rapazes e moças se
reuniu por dois dias para debater a melhor forma de apresentar suas
reivindicações às autoridades. Com gritos de guerra como “Educação no
campo; é direito, não é esmola”, eles querem um ensino que lhes
capacitem para prosperar com a produção de alimentos.
Seminário Juventude Rural e Agricultura Familiar, foi realizado, em Porto Alegre, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul (SDR/RS) e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que neste ano completa 50 anos de atuação no Brasil. Estudante aposta na diversificação da produção Uma das alternativas apresentadas no evento foi a Pedagogia da Alternância, que prevê uma semana de estudos na escola e outra de aplicação do aprendizado na propriedade da família. Jardel Maleitzke, 18 anos, terminou o Ensino Médio na Escola Família Agrícola (EFA) de Santa Cruz do Sul, importante polo de produção de fumo no Rio Grande do Sul. A pequena propriedade dos Maleitzke produz tabaco para as fábricas de cigarro da região. Durante os anos de escola, Jardel desenvolveu um projeto para romper com a monocultura nas terra da família. Confira aqui o depoimento. As EFAS são associações de famílias e instituições que promovem o desenvolvimento local por meio da educação no campo. Com origem na França, a Pedagogia da Alternância teve sua primeira experiência no Brasil no município de Anchieta, no estado do Espírito Santo, em 1968. Na década seguinte, foi implantada em 22 unidades da federação. Mais de 50 mil jovens já passaram por unidades que adotam a metodologia no país. A União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil (Unefab) calcula que 65% tenham optado pelo mesmo destino que Jardel. Morgana Stefany, 15 anos, ingressou na Escola Família Agrícola da Serra Gaúcha, no município de Garibaldi, em 2013. A família fornece uvas para as vinícolas da região. Ela escolheu estudar na unidade por influência da família e conta que o primeiro ano de estudos já mudou sua escolha para o futuro. Assista o depoimento dela neste link Na próxima reportagem, você confere as histórias de Indara Artia, estudante uruguaia de veterinária, que quer continuar a trabalhar no campo, e Antonio Gonzalez, jovem da classe média urbana de Montevidéu que escolheu a produção orgânica de alimentos como profissão.
http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil/Lists/Noticias/DispForm.aspx?ID=773
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Pedagogia da Alternância incentiva permanência de jovens no campo
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