quarta-feira, 10 de julho de 2013

Grupo extrativista de Nova Ipixuna mostra na Agrifal 2013 potencial da floresta



Do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, do município de Nova Ipixuna, veio o Grupo de Trabalhadoras Artesanais Extrativistas – GPAE,  para expor produtos que mostram que a floresta em pé é rentável. O GPAE foi um dos 91 expositores na Feira da Agricultura Familiar da Amazônia Legal – Agrifal 2013, que encerrou nesta sexta-feira, 05.

 Laisa Santos Sampaio é agricultora familiar extrativista e educadora. Uma dos 11 extrativistas que formam o Gpae, que existe desde 2006. Na Agrifal, o grupo trouxe produtos fitoterápicos como pomada cicatrizante de andiroba e fitocosméticos como hidratante e sabonete de andiroba. Segundo Laisa, a aceitação do publico da Feira aos produtos superou as expectativas. “Mais de 90% do que trouxemos foi comercializado”.  Disse. A maior procura dos visitantes foi pela pomada e pelo sabonete de andiroba. Nossa participação na Agrifal foi um ganho até mesmo para avançarmos no trabalho do grupo para criar uma associação ou cooperativa”, disse.

Essa era a luta que o Gpae tinha, quando em maio de 2011, um episódio abalou o grupo e a comunidade. Duas lideranças do projeto foram assassinadas: o casal José Claúdio e Maria do Espirito Santo – esta irmã de Laisa. A agricultora conta que por conta de ameaças sofridas após a morte do casal, ela passou sete meses fora da comunidade. “O grupo paralisou as atividades, quase acabou tudo. Mas depois de sete meses eu voltei e retomamos o trabalho. Queria mostrar que nossa voz não seria calada pela violência. Hoje estar aqui mostrando e vendendo nossos produtos, significa uma vitória, que nosso ideal não morreu”, afirmou Laisa.

Agora o próximo passo do Gpae é se tornar uma associação ou cooperativa e assim conseguir a certificação dos produtos.
Texto: Iolanda Lopes (Ascom-Emater)

http://www.emater.pa.gov.br/destaque/569


Um comentário:

  1. A exposição dos produtos do GTAE na AGRIFAL foi de fundamental importância, primeiro pela oportunidade de mostrar o que conseguimos produzir a partir das oleaginosas da nossa floresta e como resposta positiva a aceitação do publico vem nos mostrar que este é o caminho, usar a floresta de maneira respeitosa, como lugar de vidas e sustento humano, animal....

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