No dia 18 de março é um
excelente momento para lembrar os 17 anosda Escola Família Agrícola da Região
de Marabá (EFA), fundada em 1996, resultado de articulação do movimento
sindical. A ideia nasceu no I Encontro de Jovens Camponeses, realizado em
outubro de 1993, pela Fundação Agrária do Tocantins Araguaia (FATA) no âmbito
do Programa Centro Agroambiental do Tocantins (CAT), em conjunto com seus
Sindicatos dos/as Trabalhadores/as Rurais (STTR´s).
Os desafios, lutas e
dificuldades fizeram parte da história da EFA, mas, os resultados e frutos
vieram. Não podemos mencionar somente os aspectos positivos, lamentamos que em
13 de junho de 2006 foiassassinato dentro da escola o jovem Wanderlei dos
Santos Martins. Também teve uma tentativa de suicídio de um jovem que se
atirou. Mas tivemos momentos alegres e produtivos.Relembremos os principais
momentos da EFA a cada ano.
1996 – primeiro ano de
funcionamento e estruturação com apoio financeiro da ONG inglesa Cristian Aid
por intermédio do CAT.
1997 – com poucos
recursosfinanceiros. A EFA funciona com apoio das entidades parceiras,
sobretudo a FATA/CAT. Sediamos o Encontro da Rede de EFA´s dos Estados Piauí,
Maranhão, Amapá e Pará.
1998 – ampliaçãodo
número de alunos/as (abertura da segunda turma). Realização do II – Encontro de
Jovens. Convênio com a Secretaria Executiva de Educação (SEDUC). Nasce a articulação
nacional de Educação do Campo (conferências estadual e nacional).
1999 – começa colher os
primeiros frutos, formatura a primeira turma.Inicia o debate da expansão das
EFA´s e criação de uma escola técnica agrícola. Tentativa de implantação da EFA
de Jacundá. Reforma dos prédios da EFA em Marabá apoio da Ação Social Integrada
ao Palácio do Governo (ASIPAG).Inicio do Programa Nacional de Educação na
Reforma Agrária (PRONERA), parceria Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (FETAGRI-PA) Regional Sudeste e
Movimento dos/as Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
2000 - Ato Público em
Defesa da Educação Rural, com uma série de resultados, para EFA, ampliação da
parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Marabá (SEMED). Expansão das
EFA´s em parceria com a FETAGRI a partir do Programa de Educação do Campo por
Alternância das Regiões Sul de Sudeste do Pará, que será apresentado mais
amplamente no ano seguinte na conferência.
2001 – a EFA assume a
gestão do Centro de Convivência da FATA. I Conferência Regional de Educação
Rural.Inicia a organização da EFA de Ensino Médio e Profissionalizante.Fortalecimento
da parceria com a SEMED. Formatura da segunda turma.Recebimento recursos
financeiros da Solidariedade Internacional dos Movimentos Familiares de
Formação Rural (SIMFR) ONG belga através da União Nacional das Escolas Famílias
Agrícolas do Brasil (UNEFAB) por dois anos.
2002 –Criação de
Associações de EFA nos municípios de São Domingos do Araguaia e Parauapebas.Participação
Marcha pela Educação Rural, em Belém, promovida pela Fundação Viver Preservar e
Produzir (FVPP), Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Norte e
Nordeste(ARCAFAR). Sediamos o Encontro da Rede de EFA´s dos Estados Piauí,
Maranhão, Amapá e Pará.Realização doEncontro de Jovens.
2003 –ampliação da parceria
com a Prefeitura Municipal de Marabá, na gestão prefeito Tião Miranda,
articulação do vereador Luiz Carlos Pies e Bernadete tenCaten (Superintendente
do INCRA) e doSecretárioMunicipal de Agricultura Rubens Borges Sampaio,
resultando na inauguração do Centro Municipal Desenvolvimento Rural Sustentável.
Criação do ensino médio e profissional para 80 jovens através de convênio no
âmbito do PRONERA – INCRA, UFPA e FETAGRI. Realização doEncontro de Jovens
Rurais. Articulação junto ao Ministério da Educação(MEC) para criação da Escola
Agrotécnica Federal de Marabá, que contou com a coordenação do professor AntonioCardoso
(então Diretor da Escola AgrotécnicaFedereal de Castanhal). Também contou com
apoio político do Deputado Federal Zé Geraldo. Os deputados estaduais
AitonFaleiro e Waldir Ganzer apresentaramo projeto de lei de regulamentação e
reconhecimento da Pedagogia da Alternância.
2004 – abertura de mais
vagas na EFA. Formatura da 3ª turma.Curso de Formação de Educadores do Campo –
Magistério do MST e FETAGRI, no âmbito do PRONERA, posteriormente vieram Pedagogia
do Campo e Letras da Terra.
2005 –Recebeu recursos
financeiros provenientes PRONAF Capacitação – 2003 e ATER via UNEFAB. Recebeu
grande quantidade de madeiras do IBAMA através da FATA/FETAGRI.
2006 –a Secretaria de
Estado de Agricultura (SAGRI), através do seu secretário Wandekolk Gonçalves,
entregou um micro-ônibus para servir como meio de transporte. Formatura da 1ª
turma do ensino médio e profissional – habilitação em técnico em agropecuária
com ênfase em agroecologia. E abertura de uma segunda turma através do PRONERA.
2007 até 2010- a FATA
coordenou o Projeto Bolsa Trabalho. Destaque para cursos desenvolvidos pelos/as
alunos/asda EFA de biojóias e reciclagem de papel.Tentativa de implantação da
Unidade Didática de Marabá (UDM) da Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Estado do Pará (EMATER – Pará).
Em 2011 a EFA encerrou
suas atividades com alunos/as. Estamos articulando para que a EFA volte a
funcionar como uma Escola Municipal de Ensino Fundamental. A pretensão é realizar
em outubro de 2013 um Encontro de Jovens Camponeses para celebrar os 20 anos da
Pedagogia da Alternância na região e discutir projetos voltados para a
juventude.
Publicado
originalmente no Jornal Opinião, Marabá– Pará, 24 e 25 de janeiro de 2013,
Edição: 2304, p. 2.
Damião Solidade dos Santos - Professor na Rede da Secretaria
Municipal de Educação de Marabá (SEMED) e Extensionista Rural da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PARÁ).dsolidade@bol.com.br
FALTOU A REFRENCIA DO INGRESSO E FORMAÇÃO DA II TURMA DE ENSINO MEDIO E TECNICO EM AGROPECUARIO DE 2006 A 2009
ResponderExcluircomo faço para me matricula nesta escola
ResponderExcluirPara matrícula contato: 9149 - 6323 Damião
ResponderExcluircomo é o processo para entrar nesta escola e é de graça, e aluno quer estudar sperior pode fazer. E é nesta escola que se estuda, trabalha e sai ja com o emprego...
ResponderExcluirMarcelo Silva me envie seu email dsolidade@bol.com.br que lhe darei mais informações
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