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ocasião do IV Congresso Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do
Brasil, que ocorre esta semana em Brasília, integrantes da Frente
Parlamentar pela Educação do Campo organizaram um ato político, nesta
quarta-feira (18), em defesa de mais recursos e estrutura para este
setor.
O deputado Padre João (PT-MG),
presidente da Frente Parlamentar, considera que vitórias relevantes
foram obtidas nos últimos anos, mas o momento é de implementar
concretamente os avanços. “Sem dúvida, alcançamos conquistas importantes
nestes últimos anos, especialmente na legislação. Mas é necessário,
agora, garantir que haja a concretização dessas mudanças na forma de
políticas públicas e de mais recursos para as escolas famílias
agrárias”, cobrou Padre João.
A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) registrou
seu apoio às demandas das escolas agrárias e solicitou aos
participantes do ato que pressionem o Senado pela aprovação do Plano
Nacional de Educação (PNE).
“Estamos aqui para fortalecer cada vez mais essas experiências e
somarmos forças pela melhoria na educação do campo e na educação em
geral. E a nossa tarefa fundamental urgente é lutar pela aprovação do
PNE, que está no Senado há quase um ano”, conclamou Fátima, que coordena
o Núcleo de Educação da bancada do PT na Câmara.
O deputado Anselmo de Jesus (PT-RO) participou
do ato e ressaltou a necessidade de perseverança nesta batalha. “Essa é
uma luta permanente e a cada momento vamos conquistando espaços e
vitórias. Nossa maior vitória foi o reconhecimento das escolas famílias
agrárias e da pedagogia da alternância como um modelo de educação no
campo”, argumentou Anselmo.
Oriundo de escola
agrária, o deputado Marcon (PT-RS) relembrou
a sua vivência pessoal com o tema. “A pedagogia da alternância não
ensina só matemática, só português, mas ajuda a transformar o estudante
num cidadão, num militante, numa liderança da sua comunidade. Na mina
turma eram 12 alunos e todos se tornaram militantes”, relatou Marcon.
O deputado Afonso Florence (PT-BA) lembrou
que, quando foi o titular do Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), dialogou com outros órgãos do governo para garantir o
reconhecimento da pedagogia da alternância. “Avançamos e agora podemos
dizer que existe um horizonte possível para a pedagogia da alternância
fazer parte do ensino oficial brasileiro”, avalia Florence.
O deputado Pedro Uczai (PT-SC) defendeu
a necessidade de se “avançar no reconhecimento e fortalecimento das
escolas famílias agrárias e da pedagogia da alternância como uma das
metodologias como uma das referências para a educação do campo”.
Opinião semelhante tem o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG).
“Há uma necessidade de definirmos uma forma de garantir as estruturas
definitivas e respeitar a autonomia destas escolas”, afirmou Monteiro.
Já o deputado Padre Ton (PT-RO) defendeu
o aumento dos
recursos destinados às escolas famílias agrárias. “No meu estado e em
muitos outros, muitas vezes as escolas dependem basicamente das emendas
parlamentares. Precisamos superar isso e lutar por recursos que garantam
a sua autonomia e a melhoria da sua qualidade”, propôs o parlamentar de
Rondônia.
A deputada Luci Choinacki (PT-SC) apontou
a chegada do PT ao governo federal como um fator de mudança em relação à
população rural brasileira. “Com o evento da eleição do ex-presidente
Lula e da presidenta Dilma, nós abrimos perspectiva política para tudo
que estava esquecido, inclusive para o campo”, sintetizou Luci.
O deputado Nilmário Miranda
(PT-MG) destacou o papel das escolas para a construção de um
modelo agrícola sustentável sob todos os pontos de vista. “A única
defesa de muitas regiões expostas à sanha predatória do agronegócio são
os assentamentos da reforma agrária, os sistemas de agricultura familiar
e agroecológicos que procuram trabalhar com uma agricultura
sustentável. E para isso as escolas agrárias são fundamentais”, opinou
Nilmário.
Quem também hipotecou solidariedade à luta das escolas agrárias foi a deputada Iriny Lopes (PT-ES).
“Sou militante de direitos humanos e educação é um direito humano
fundamental. Por isso estamos aqui e contem comigo”, disse Iriny.
A
pedagogia da alternância trabalha com o
estudante fazendo um revezamento de períodos entre a escola e a
experiência prática na propriedade familiar, com o objetivo de conciliar
o aprendizado teórico com a aplicação prática do conhecimento.
http://www.ptnacamara.org.br/index.php/noticias/item/15421-ato-na-camara-defendeu-educacao-no-campo-e-escolas-agrarias
Texto: Rogério Tomaz Jr.
Foto: Rogério Tomaz Jr./PT na Câmara
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