Em mais uma reunião ontem (17) com a Mesa de Negociação
Permanente, o prefeito João Salame avisou que vai reduzir a folha de
pagamento da prefeitura, que já extrapolou o limite máximo estabelecido
pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 51,3%. Adiantou que
entre seus projetos para se enquadrar a legislação está à extinção de
algumas secretarias, demissão de contratados e possível corte de certos
benefícios concedidos aos servidores, que acabam impactando na folha.
Ele pediu apoio dos sindicatos dos servidores da Saúde (Sitesp),
Educação (Sintepp) e das demais áreas do governo (Servimmar) para que o
ajude a encontrar a melhor saída nessa tarefa. “Vamos ter que reduzir
essa folha. Isso é certo, porque corremos o risco de sermos
responsabilizados, com a perda de recursos que são importantes para
tocarmos as obras que a cidade precisa com urgência”, enfatizou, dizendo
que o mês de março a folha chegou a 56,43%.
Quanto à discussão para o reajuste salarial dos servidores, que têm
data base agora em maio, Salame também já adiantou que este ano é
praticamente impossível avançar nesse processo, ante aos problemas
econômicos deixados pela gestão passada, com inúmeras dívidas, sendo a
maior parte com servidor por conta de dois meses de salários atrasados e
oito de vale alimentação. “Pelos nossos cálculos, até fevereiro do ano
que vem ainda estaremos em uma situação complicada. Talvez, se apertamos
o cinto, possamos sair dessa situação em dezembro, mas isso é uma
hipótese”, observou o prefeito, ressaltando que seu governo não vai
adotar a política do arrocho salarial e nem da irresponsabilidade
fiscal.
João Salame disse aos sindicalistas que pretende chegar até o final
do seu governo com uma política real de ganhos salariais para os
servidores, com esse reajuste sendo feito com base na inflação e com
mais algum ganho para a classe. No entanto, também destacou a
importância de melhorar o serviço prestado a comunidade. “Esse é até um
amparo que o servidor vai ter na hora de pedir aumento, porque a
sociedade vai entender, por estar sendo bem tratada”, salientou,
pontuando ainda que também é meta do seu governo o investimento em
qualificação profissional.
Quanto à terceirização da gestão do Hospital Municipal, ponto
destacado pelo Sindicato da Saúde, que é contra a proposta, o prefeito
convidou Demerval Beto da Silva, presidente do sindicato, a ir com ele
na próxima segunda-feira à Goiânia (GO), para ver como funciona a saúde
lá. O prefeito já esteve em Imperatriz (MA) e gostou do que viu na
cidade maranhense. “Estamos vendo como funciona a saúde nesses locais,
onde há certa qualidade, para podermos decidir e quero fazer isso junto
com o sindicato, a melhor a forma para Marabá. Só sei de uma coisa, como
a saúde está hoje, não pode continuar”.
Todos esses pontos e mais outros incluídos na pauta da reunião de
ontem, como alteração da lei da comissão, serão debatidos na próxima
reunião, terça-feira que vem, 21, às 14 horas, na Procuradoria do
Município (Progem). Também participaram da reunião, os secretários
municipais de Planejamento, Roberto Salame Filho; Educação, Luiz
Bressan; e Administração, Ademir Martins, assim como o procurador Geral
do Município, Alexandre Lisboa; e o presidente do Ipasemar, Karam El
Hajjar.
Fonte: http://maraba.pa.gov.br/2013/04/18/salame-vai-reduzir-folha-de-pagamento-e-pode-extinguir-secretarias/
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