terça-feira, 30 de abril de 2013

Emater promove a Segunda Festa do Cajá e movimenta a zona rural de Curionópolis



www.emater.pa.gov.br
 
 

 
A fruta mais abundante na zona rural de Curionópolis, sudeste do estado, foi homenageada, degustada e aprovada: o cajá ou o taperebá, como também é conhecido em outras regiões do Pará, foi tema da segunda Festa, que aconteceu nesse sábado, dia 27. Realizada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) na comunidade Curral Preto, na área da Associação dos Produtores Rurais do Leandro (Asprul), na estrada de Serra Pelada, a festa, que contou com barracas enfeitadas, torneio de futebol, cavalgada e concurso de Miss Cajá, recebeu mais de 200 visitantes.
A Segunda Festa do Cajá – apoiada pelo Sindicato Rural de Curionópolis -, que tem como maior objetivo promover uma maior interação entre o campo e a cidade, - além de valorizar o extrativismo da fruta -, é a maior comemoração existente na região. Segundo o chefe local da Emater, o técnico em agropecuária, Jorge Souza Lima, a coleta do cajá é uma das bases econômicas da comunidade e dos Projetos de Assentamentos (PA) vizinhos, como o PA Cachoeira Preta, PA Ipiranga.
“A polpa do cajá tem rendimento de até 60%, a fruta está com participação crescente no agronegócio. E é no ramal de Serra Pelada a sua maior produção no município de Curionópolis, estimamos uma média de 60 toneladas por safra”, disse Genival dos Santos, supervisor regional da Emater, que ministrou a palestra sobre a importância nutritiva e econômica do Cajá.
Segundos dados da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais da Região de Carajás (Cooper), uma das principais compradoras de frutas dos municípios em entorno, foi comercializado só com a comunidade cerca de 40 toneladas do fruto nessa safra, de janeiro a março deste ano. “O produtor Edmilson Santos, campeão como maior extrator de cajá durante a Festa, vendeu mais de quatro toneladas e 800 quilos para a Cooper. Isso, sem destacar que o mercado está aberto também para a goiaba e o cajú”, ressaltou o presidente da Cooperativa, Mauro Melo.
Os pontos altos da programação, além da possibilidade de degustar bolos, pudins, mousses, com brigadeiro, mingau, suco ou caipirinha, tudo a base de cajá, foram a cavalgada e o concurso de Miss Cajá 2013.
Com mais de 30 cavalos, os produtores rurais da região fizeram demonstração de técnicas e habilidades, ressaltando a beleza e utilidade do animal que ajuda na lida diária da roça. Mas quem roubou a cena, foi a pequena Dafne Abreu, de apenas quatro anos, a menor entre os montadores, acompanhada do pai a menina mostrou desenvoltura e paixão pela montaria. A mãe da pequena, Deucilene Pinto, disse ficar com o coração na mão, mas entende a determinação da filha. “Desde os dois anos ela monta, ela é veterana no toque e já se apresentou diversas vezes e ela ainda fica com raiva quando pai vai ‘ladeando’. Ela quer dominar o cavalo, sozinha”, disse a mãe, toda orgulhosa.
Mas a beleza da Festa foi Sara Cintia, de 14 anos. Representando a localidade de Serra Pelada, a jovem arrancou aplausos da comunidade, vencendo assim, o concurso de Miss Cajá 2013. “Eu estava muito nervosa, mas deu tudo certo. Estou muito feliz em me apresentar nessa Festa tão importante para todos nós”, disse a rainha da festividade eleita.


Texto e fotos: Kenny Teixeira

sábado, 27 de abril de 2013

São João e a Balsa

Ao final da tarde, ato solene de entrega da bandeira de São João do Araguaia para o comandante da expedição, Noé von Atzingen.  Da esquerda: Jean Resálnde Sobra, secretário de Cultura de SJA; Isailene Labres de Sousa, Vice-Prefeita; José Roberto Dutra, vereador;  Emiliano  Soares  de Souza Filho  -  Secretário de Administração de SJA.
Ao final da tarde, ato solene de entrega da bandeira de São João do Araguaia para o comandante da expedição, Noé von Atzingen. Da esquerda: Jean Resplande  Sobral, secretário de Cultura de SJA; Isailene Labres de Sousa, Vice-Prefeita;  Noé; José Roberto Dutra, vereador; Emiliano Soares de Souza Filho – Secretário de Administração de SJA.

http://www.hiroshibogea.com.br/
 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

FLAVIO VIDAL: Algumas da Prefeitura de Piçarra

FLAVIO VIDAL: Algumas da Prefeitura de Piçarra: SEMDEC A Secretaria de Desenvolvimento Econômico está trabalhando juntamente com a EMATER para a realização do dia de campo com culturas m...

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Prefeito diz que vai reduzir folha de pagamento e pode extinguir secretarias

Prefeito diz que vai reduzir folha de pagamento e pode extinguir secretarias
Em mais uma reunião ontem (17) com a Mesa de Negociação Permanente, o prefeito João Salame avisou que vai reduzir a folha de pagamento da prefeitura, que já extrapolou o limite máximo estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 51,3%. Adiantou que entre seus projetos para se enquadrar a legislação está à extinção de algumas secretarias, demissão de contratados e possível corte de certos benefícios concedidos aos servidores, que acabam impactando na folha.
Ele pediu apoio dos sindicatos dos servidores da Saúde (Sitesp), Educação (Sintepp) e das demais áreas do governo (Servimmar) para que o ajude a encontrar a melhor saída nessa tarefa. “Vamos ter que reduzir essa folha. Isso é certo, porque corremos o risco de sermos responsabilizados, com a perda de recursos que são importantes para tocarmos as obras que a cidade precisa com urgência”, enfatizou, dizendo que o mês de março a folha chegou a 56,43%.
Quanto à discussão para o reajuste salarial dos servidores, que têm data base agora em maio, Salame também já adiantou que este ano é praticamente impossível avançar nesse processo, ante aos problemas econômicos deixados pela gestão passada, com inúmeras dívidas, sendo a maior parte com servidor por conta de dois meses de salários atrasados e oito de vale alimentação. “Pelos nossos cálculos, até fevereiro do ano que vem ainda estaremos em uma situação complicada. Talvez, se apertamos o cinto, possamos sair dessa situação em dezembro, mas isso é uma hipótese”, observou o prefeito, ressaltando que seu governo não vai adotar a política do arrocho salarial e nem da irresponsabilidade fiscal.
João Salame disse aos sindicalistas que pretende chegar até o final do seu governo com uma política real de ganhos salariais para os servidores, com esse reajuste sendo feito com base na inflação e com mais algum ganho para a classe. No entanto, também destacou a importância de melhorar o serviço prestado a comunidade. “Esse é até um amparo que o servidor vai ter na hora de pedir aumento, porque a sociedade vai entender, por estar sendo bem tratada”, salientou, pontuando ainda que também é meta do seu governo o investimento em qualificação profissional.
Quanto à terceirização da gestão do Hospital Municipal, ponto destacado pelo Sindicato da Saúde, que é contra a proposta, o prefeito convidou Demerval Beto da Silva, presidente do sindicato, a ir com ele na próxima segunda-feira à Goiânia (GO), para ver como funciona a saúde lá. O prefeito já esteve em Imperatriz (MA) e gostou do que viu na cidade maranhense. “Estamos vendo como funciona a saúde nesses locais, onde há certa qualidade, para podermos decidir e quero fazer isso junto com o sindicato, a melhor a forma para Marabá. Só sei de uma coisa, como a saúde está hoje, não pode continuar”.
Todos esses pontos e mais outros incluídos na pauta da reunião de ontem, como alteração da lei da comissão, serão debatidos na próxima reunião, terça-feira que vem, 21, às 14 horas, na Procuradoria do Município (Progem). Também participaram da reunião, os secretários municipais de Planejamento, Roberto Salame Filho; Educação, Luiz Bressan; e Administração, Ademir Martins, assim como o procurador Geral do Município, Alexandre Lisboa; e o presidente do Ipasemar, Karam El Hajjar.

Fonte: http://maraba.pa.gov.br/2013/04/18/salame-vai-reduzir-folha-de-pagamento-e-pode-extinguir-secretarias/ 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

PA Oito Barracas Agroatins em Ação via INCRA...

Marabá: ontem, hoje e o futuro...

Maraba ontem e hoje
Excelente material de resgate coletivo de nossa história, com depoimentos de quem viveu diversos estágios dos cem anos de Marabá.
A leitura do livro “Marabá, ontem e hoje”, para quem conhece um pouco de sua existência, deixa n´alma agradáveis lembranças de um tempo de fantasias.
Tempo onde a maldade não habitava nossa terra.
A obra oportuniza o conhecimento real de como era a cidade, sua gente e costumes.
Colocado no meio do livro como testemunho de um tempo mais recente, o poster não pode deixar de registrar o excelente trabalho realizado pela dupla  Eliane Gomes e Ramon Cabral, entrevistadores de diversos personagens.
Eliane comprovou todo seu profissionalismo cobrando insistentemente o cumprimento de agenda, junto aos entrevistados.
Não deu descanso a ninguém, fazendo contatos telefônicos, indo in loco tentar checar os dados recolhidos, numa demonstração de que  a coleta de informações foram checadas várias vezes.
E é assim mesmo que se faz.
Concluinte do curso de Letras na UFPA, além de dominar o inglês,  21 anos, Eliane levou tanto a sério a missão que agora carrega profundo conhecimento sobre quem é quem na História da cidade.
Ao lado de Ramon Cabral, concluinte do curso de Ciências Sociais, a jovem nascida em São João do Araguaia ganhou, também, a simpatia de todas as famílias visitadas ao longo da coleta de informações, fazendo novos amigos  e admiradores.
O blog faz questão de registrar a participação dos dois na confecção do livro, como reconhecimento ao amor com que se lançaram na produção do projeto.
O bônus da publicação não pode ser dirigido apenas a Vale, patrocinadora ,  nem  à Temple, agência idealizadora da obra.
O trabalho dos dois jovens é referência de competência e dedicação.

Eliane
Eliane e Ramon, entrevistando Maria do Carmo Mutran.
———————-

Atualização às 13:31
Eliane Gomes acaba de postar no perfil do Facebook comentário sobre o projeto “Marabá, ontem e hoje”.
O que a jovem diz:

Eliane Gomes Obrigada querido Hiroshi Bogéa, como disse na carta quando concorri a bolsa “será uma honra poder contar a história de Marabá”, e de fato foi. Uma oportunidade maravilhosa de conhecer de maneira adorável a história dessa cidade que tem me aberto tantas portas. Cada depoente era uma viagem que fazíamos no tempo, histórias gostosas e engraçadas. Podemos ver ao longo das narrativas como essas histórias se cruzam, todos conheciam todos, brincavam das mesmas coisas e frequentavam os mesmos lugares. Que povo mais hospitaleiro! Ramon Cabrall e eu fomos bem recebidos por todos, como diria Mirtes não faltava o cafezinho, depois de meia hora de conversa parecíamos amigos de longa data. Só tivemos dificuldades nos encontros rsrs insistimos mesmo (histórias como a sua de tantos outros não poderiam ficar de fora), o povo Marabaense além de hospitaleiro é trabalhador, razão de alguns desencontros. Mas deu tudo certo e orgulhosamente faço parte dessa história. Mais uma vez obrigada, pelo reconhecimento e pela contribuição para realização do projeto.

Fonte: http://www.hiroshibogea.com.br/
 

domingo, 14 de abril de 2013

Km 06 e Folha 34 memória das nossas origens

Iniciamos dia 13 de abril de 2013 a identificação de pessoas que nos darão informações através de depoimentos ou entrevistas (que futuramente serão gravadas em vídeo e aúdio, fotografias) objetivando a construção da história do KM 06 e FOLHA 34 situada na beira das BR´s 222 e 230.
Conversamos por mais de quatro horas aproximadamente com Francisco Mendes Pereira "Seu Chico da Sorveteria" pai do Hildebrando a pessoa que mais conviveu com Abel Francisco Abreu o verdadeiro fundador ou a primeira pessoa a iniciar o povoamento do KM 06 em 1970.
Seu Chico chegou em Marabá em 1959, tem muita história para contar...
Conversamos com a professora Lucivanda, Alvina, Edite e outros/as moradores/as. Convidamos os jovens Thigo, Hugo e Talita para compor a Equipe que está organizando este trabalho numa perspectiva de publicar em um livro, revista ou relatório (mimeografado).
A ideia é envolver mais moradores/as ou pessoas que tenha algum vinculo com nosso lugar (6 e 34). Temos como princípio a participação.
Aproveitando a oportunidade vamos propor uma ação da Prefeitura semelhante a que foi feita na Laranjeira e Folhas 15 e 23, possivelmente para o período do nosso saudoso Festejo (11 a 13 de maio de 2013).
Também vamos envolver as várias empresas instaladas em nosso bairro.
As pessoas que quiserem se engajar neste projeto social (não tem finalidade econômica individual) se sinta à vontade se junte a nós...
As autoridades constituídas tem participação nata, necessária participe colabore.... 
Jordão Nunes Farias será responsável pela equipe de fotografia. 
Conversei com José Vieira de Albuquerque (Presidente da Associação de Moradores/as) Líder Comunitário a ideia é organizar a I Festa Popular da Folha 34 e Km 06....

terça-feira, 9 de abril de 2013

FLAVIO VIDAL: PREFEITURA MUNICIPAL DE PIÇARRA E EMATER FAZEM PAR...

FLAVIO VIDAL: PREFEITURA MUNICIPAL DE PIÇARRA E EMATER FAZEM PAR...: A Prefeitura Municipal de Piçarra através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Economico ja trabalham em parceria no acompanhamento d...

FLAVIO VIDAL: PREFEITURA MUNICIPAL DE PIÇARRA E EMATER FAZEM PAR...

FLAVIO VIDAL: PREFEITURA MUNICIPAL DE PIÇARRA E EMATER FAZEM PAR...: A Prefeitura Municipal de Piçarra através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Economico ja trabalham em parceria no acompanhamento d...

Resenha



Damião Solidade dos Santos[*]
Como bem define o dicionário Aurélio almanaque significa “publicação que, além de calendário completo, contém matéria recreativa, humorística, científica, literária e informativa”. Podemos afirmar que este trabalho tem tudo isso e muito mais nas 232 páginas (de 26 x 33 cm).Para MariuzaGiacomin Diretora da Banzeiro Comunicação e uma das redatoras “ele foi feito com muito carinho por Marabá e dedicação por fazer um material que marcasse esse centenário”.
A obra é coletiva, destacaremos alguns dos protagonistas: o jornalista Ulisses Pompeu, figura como diretor, editor, redator e fotógrafo, um dos principais autores. O projeto gráfico é liderado por Cildo Rodrigues, que atua na diagramação, arte, criação. Riqueza em fotografias (colorida e preto e branco) do acervo da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM). Destacamos a revelação da fotografia marabaense Jordão Nunes. Os conselhos e orientações editoriais e históricas são do poeta, jornalista e advogado Ademir Braz. São sete redatores que atuamcomo repórteres do Jornal Correio do Tocantins e da Revista Foco.
Os autores se propõem no editorial que o Almanaque especial é para celebrar o centenário de emancipação política do município de Marabá, resgate histórico, dos ciclos econômicos, o crescimento populacional, o Projeto Grande Carajás. Também um catálogo de recordações e curiosidades. Simbolicamente feito de ouro e aço, um presente para o centenário da cidade.
A Banzeiro Comunicação é a responsável pela realização do projeto. Tendo como principais patrocinadores: Unimed Sul do Pará, Siderúrgica Norte Brasil S.A. (SINOBRAS), Grupo Leolar, Sindicato das Industrias Minerais do Estado do Pará (SIMINERAL), Prefeitura Municipal de Marabá, Câmara Municipal de Marabá.
Tendo por base o índice os temas tratados são: história, cultura, educação, meio ambiente, religião, esporte, lazer, gastronomia, economia, agropecuária, transporte e cidade.
Na parte histórica faz uma cronologia denominada de “fatos que marcaram o século” de 1913 a 2013. Ênfase as lideranças e acontecimentos políticos. Menciona a primeira candidata à prefeita pelo Partido dos/as Trabalhadores/as a Professora Júlia Furtado, em 1988.
O ex-prefeito Paulo Bosco Rodrigues Jadão tem muitas histórias para contar. Uma excelente memória a partir de 1963 de Dalva Velosoviúva de Dr. Veloso que foi médicoe prefeito. Cita “os griores” que significa os guardiões da memória e da história oral de um povo ou comunidade. Sobre a Educação uma das referências é a professora Maria Ilan Jadão. Na questão ambiental o trabalho da Fundação Zoobotânica de Marabá (FZM) liderada por Jorge Bichara, a Reserva Ambiental de Murumuru, tendo como ícone o biólogo Noé vonAtzingen.Citam avanços da agricultura familiar, sobretudo dos projetos de assentamentos, abacaxi no Belo Vale e cupuaçu no Piquiá. As feiras e a parte da pecuária (Expoama).
No texto pesquisa, formação e desenvolvimento na antiga fronteirado professor Gutemberg Guerra (UFPA) menciona: “A prática de pesquisa exercida pelo Laboratório Socioagronômico do Tocantins, o LASAT, a articulação de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais na Fundação Agrária do Tocantins Araguaia, a criação da Escola Família Agrícola se materializa no Centro Agroambiental do Tocantins, cuja estrutura arquitetônica foi apropriada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará, dando sequencia à demanda de formação no nível dos agricultores”.
Uma entrevista com Fernando Michelotti, vice-coordenador do campus da UFPA, em Marabá, intitulada “os desafios para a Educação do Campo” no histórico do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) cita a parceria com a Escola Família Agrícola, entre outros projetos no âmbito da Educação do Campo.
Com uma frase de efeito ou de esperança de construção de nova história “Marabá está destinada ao sucesso” o prefeito João Salame Neto responde a cinco perguntas sobre o futuro da cidade, com ênfase a implantação dasiderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa).
A obra recebe o conceito de excelente, tem outros aspectos que não foram abordados aqui. Consideramos como excelente roteiro de pesquisa sobre a história antiga e questões atuais, apresenta sinteticamente 100% da nossa Marabá querida. Leitura obrigatória e necessária para seus/as filhos/as, moradores/as e admiradores/as da centenária Marabá.


[*]Professor na Rede da Secretaria Municipal de Educação de Marabá (SEMED) e Extensionista Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PARÁ).dsolidade@bol.com.br

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Nota de pedido de justiça

NOTA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E DAS ENTIDADES SOBRE O JURI DE JOSÉ CLAUDIO E MARIA DO ESPÍRITO SANTO


1 - Parcialidade do juiz interferiu no resultado da absolvição do mandante.
A atuação tendenciosa do Juiz Murilo Lemos Simão, na condução do processo e na presidência do tribunal do Júri, contribuiu para que José Rodrigues Moreira, mandante do assassinato do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo Silva fosse absolvido pelos jurados com votos de 4 a 3. No interrogatório de José Rodrigues Moreira, o juiz permitiu que ele protagonizasse um verdadeiro espetáculo na frente dos jurados: de joelhos e aos prantos, o acusado usou a Bíblia para jurar inocência e pedir bênção especial ao juiz, aos jurados, aos advogados e às pessoas presentes no tribunal de júri. Parecia-se estar participando de um culto e não de um tribunal do júri. A única coisa que o juiz fez foi oferecer lenços para que o acusado enxugasse as lágrimas. Ao final do espetáculo uma jurada caiu em prantos. De acordo com informações já divulgadas pela imprensa, quando avisado em particular pelo Ministério Público (MP) da reação da jurada, fato que demonstrava claramente a sua parcialidade, o juiz respondeu ao representante do MP que caso suscitasse a parcialidade da jurada e o júri fosse suspenso, ele iria revogar a prisão e mandar soltar imediatamente os três acusados.  Frente à ameaça do juiz o MP recuou da decisão de pedir a suspeição da jurada. Ademais, durante toda a seção do júri, o Juiz teve um comportamento mais ríspido com as testemunhas e com os advogados de acusação, fato que não aconteceu com as testemunhas e com os advogados de defesa.
Durante a fase de investigação do crime, quando a polícia chegou ao nome de José Rodrigues como o primeiro acusado pelo crime, foi pedida de imediato a prisão temporária dele, contudo o Juiz Murilo Lemos,  negou o pedido de prisão. Após mais alguns dias de investigação, a polícia chegou ao nome de Lindonjonson Silva, irmão de José Rodrigues, como um dos executores do duplo homicídio. Novamente foi requerida a prisão preventiva de José Rodrigues, desta vez juntamente com Lindonjonson. Mas o Juiz mais uma vez negou o pedido de prisão. Com mais provas colhidas a polícia requereu a prisão dos acusados pela terceira vez. O juiz então engavetou o pedido. Foi preciso que os familiares e os movimentos sociais denunciassem a parcialidade do juiz à imprensa, aos organismos de direitos humanos e ao próprio Tribunal de Justiça do Estado. Ao receber a denúncia, o Tribunal intimou a Juiz a responder em 24 horas. Frente à pressão da sociedade e a exigência do Tribunal é que o juiz decidiu então decretar a prisão dos acusados.
A parcialidade do Juiz ficou comprovada em sua própria declaração no texto da sentença final, ao afirmar que "o comportamento das vítimas contribuiu de certa maneira para o crime (...) pois tentaram fazer justiça pelas próprias mãos, utilizando terceiros posseiros, sem terras, para impedir José Rodrigues de ter a posse de um imóvel rural". Uma afirmação absurda, mentirosa e sem qualquer fundamento, pois, de acordo com as investigações e as provas existentes no processo e, portanto, confirmadas por todas as testemunhas ouvidas no tribunal de júri, foi o mandante José Rodrigues que comprou ilegalmente lotes de terras na reserva extrativista onde três famílias já residiam há quase um ano. Foi ele que expulsou violentamente as famílias e queimou a casa de uma delas. José Claudio e Maria do Espírito Santo denunciaram o caso às autoridades constituídas e deu todo apoio para o retorno das famílias para seus lotes. Foi por causa disso que José Rodrigues decidiu mandar matar o casal, contratando, para isso, o seu irmão Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento. Portanto, ao contrário da afirmação leviana do juiz, deturpando a fala de testemunhas e contrariando as provas do processo, foi o mandante do crime José Rodrigues Moreira que deu início ao conflito e que decidiu fazer justiça com as próprias mãos ao destruir os pertences e expulsar, de forma violenta, as famílias que estavam ocupando os lotes de terras que pretendia e  mandar matar o casal. O juiz tenta de forma irresponsável criminalizar as vítimas e legitimar a ação do assassino. Uma tentativa de manchar a história e a memória de José Claudio e Maria do Espírito Santo, casal reconhecido internacionalmente pela defesa da floresta.
               
2 - A decisão dos jurados foi contraditória.
As investigações feitas pelas polícias civil e federal deixaram claro que os executores condenados (Lindonjonson e Alberto) não tinham nenhuma ligação com outras pessoas (madeireiros, carvoeiros) que ameaçavam José Cláudio e Maria do Espírito Santo, a não ser com o acusado José Rodrigues. Lindonjonson é irmão de José Rodrigues, ele e seu comparsa, isoladamente, não tinham razões particulares para assassinarem o casal. José Rodrigues confirmou perante a polícia e na presença do juiz que tinha em seu poder um equipamento completo de mergulho. No dia do crime, uma máscara de mergulho foi deixada para trás por Lindonjonson. Feito o exame de DNA em fios de cabelos encontrados na máscara o resultado comprovou que eram compatíveis com o DNA de Lindonjonson. José Rodrigues pagou 100 mil reias pelos lotes de terras onde já existiam famílias morando e deslocou para a área 130 cabeças de gado. A decisão do casal de extrativistas em apoiar as famílias contrariou os seus interesses, razão pela qual passou a ameaçar de morte o casal e, para isso, combinou com seu irmão Lindonjonson o assassinato dos dois. Portanto, a maioria dos jurados, ao absolver José Rodrigues, contrariou as provas existentes nos autos. É com base nesses fundamentos que a acusação pedirá ao Tribunal de Justiça do Estado a anulação da decisão dos jurados que absolveu o mandante do duplo homicídio José Rodrigues Moreira.
3 - O juiz Murilo absolveu um fazendeiro acusado de mandar matar um sindicalista em 2012.
No dia 09 de agosto de 2012, o Juiz Murilo Lemos Simão absolveu o fazendeiro Vicente Correia Neto e os pistoleiros Valdenir Lima dos Santos e Diego Pereira Marinho acusados do assassinato do líder sindical Valdemar Barbosa de Oliveira, o Piauí, crime ocorrido em junho de 2011, em Marabá. De acordo com depoimento prestado pelo pistoleiro Diego Pereira Marinho, o fazendeiro Vicente Correia pagou o valor de 3 mil reais para que a dupla assassinasse o sindicalista.
A confissão do pistoleiro foi sustentada em depoimentos prestados perante a polícia civil de Marabá e acompanhada pela imprensa local. Os dois pistoleiros foram presos após terem assassinado outras pessoas em Marabá. De acordo com informações da polícia, a dupla já assassinou mais de 20 pessoas na região. Após serem presos, Diego prestou novo depoimento perante a polícia afirmando que estava sendo ameaçado na cadeia e que o advogado do Fazendeiro Vicente Correia lhe mandou um recado através de Valdenir que se ele negasse o crime perante o Juiz seria financeiramente recompensado. Foi o que ele fez posteriormente. Mesmo com todas essas provas, o juiz Murilo impronunciou e absolveu o fazendeiro e os dois pistoleiros.

4 - Frente ao exposto os Movimentos Sociais abaixo assinados vão requerer:

- A anulação da decisão dos jurados que absolveu o mandante José Rodrigues e, posteriormente, o desaforamento do processo da comarca de Marabá para a comarca de Belém, por entender que o Juiz Murilo Lemos Simão não tem imparcialidade para presidir um futuro julgamento;

- A suspeição do Juiz Murilo em todos os processos que tramitam em Marabá e que apuram o assassinato de trabalhadores rurais e lideranças dos movimentos sociais;

Marabá, 07 de abril de 2013.
Familiares de José Claudio e Maria do Espírito Santo.
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará - FETAGRI/ Pará.
Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra - MST/ Pará.
Comissão Pastoral da Terra - CPT/ Pará.
Pastorais Sociais da Diocese de Marabá/Pará.  
Conselho Nacional das Populações Tradicionais - CNS/Marabá.
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Ipixuna.
Centro de Estudo e Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular – CEPASP/Marabá.
Movimento Humanos Direitos – MhuD/Rio de Janeiro.
Terra de Direitos/ Paraná.
Rede Social de Justiça e Direitos Humanos/São Paulo.
Sociedade Paraense de Direitos Humanos - SDDH/ Pará.
Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB/Pará.
Movimento Debate e Ação - UFPA/ Marabá.
Conselho Indigenista Missionário - CIMI/Pará.
Fórum Regional de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará.
Colegiado de Licenciatura em Educação do Campo - UFPA/ Marabá.
Coordenação do Campus da UFPA/ Marabá.
Rede Nacional de Advogados Populares - RENAP/Brasil.

Fonte: http://www.frecsupa.net.br/

sábado, 6 de abril de 2013

Emater e Instituto Chico Mendes firmam convênio em Parauapebas

Um convênio de cooperação técnica entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) em Parauapebas, no sudeste paraense, e o Instituto Chico Mendes vai garantir a emissão de Cadastro Ambiental Rural (CAR), de propriedades rurais dentro da Área de Proteção Ambiental localizada às margens do rio Gelado, na Floresta Nacional (Flona) do Carajás. O trabalho é inédito na região.
O convenio vai atender 80 famílias residentes no local, que serão regularizadas ambientalmente. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater Raimundo de Sá Júnior, pelo menos metade das áreas desses lotes já estaria desmatada. Mediante as visitas individuais às famílias, será feito um diagnóstico que vai identificar todas as situações ambientais das propriedades.
O projeto vai adequar todas as famílias à legislação federal, que exige 80% das propriedades preservadas. Para o projeto – que está na fase final de elaboração, para começar a ser executado no início de maio –, já foram feitas as primeiras reuniões para discutir o papel das instituições. Ao Instituto Chico Mendes, caberá facilitar o acesso à internet, combustível e equipamentos para as ações em campo. A Emater vai garantir técnicos que trabalharão a parte prática do cadastramento.
O carro chefe de produção dentro da Área de Proteção Ambiental é a fruticultura, com produção de cupuaçu e açaí, e horticultura, mais precisamente folhosas, como couve, alface e cheiro verde. “Por meio da Emater, a produção já é inclusa na merenda escolar do município, via Programa Nacional de Aquisição de Alimentos”, diz Raimundo Júnior.
Texto: Iolanda Lopes – Emater
Fonte: http://www.zedudu.com.br/

sexta-feira, 5 de abril de 2013

POR QUE PARTICIPAMOS DO JULGAMENTO E LUTAMOS POR JUSTIÇA?

Inicio explicando a nossa participação no julgamento dos acusados de matar o casal extrativistas. Para que as pessoas possam compreender por que fomos assistir o júri e apoiar os familiares. Às vezes podemos ser discriminados.
A Maria do Espirito Santo conheci em 1999 na implantação aqui na região do Programa Nacional de Educação na Reforma (PRONERA), projeto envolvendo INCRA/MDA como financiador e executado pela UFPA em parceria com FETAGRI e MST, atuou como monitora do referido programa na alfabetização de agricultores/as, para evitar termos na sociedade os "os monstros" que lhe assassinaram e alegaram no julgamento serem "analfabetos" faltaram alegar serem "insanos"... A Maria fez toda a sua formação no PRONERA: ensino fundamental, ensino médio e educação superior, formada na turma Pedagogia do Campo. O Zé sempre ao seu lado um verdadeiro companheiro, morreram juntos.
A irmã do Zé José Cláudio Ribeiro da Silva a Claudelice Santos foi aluna da Escola Família Agrícola (EFA) de Marabá, curso técnico em agropecuária com enfase em agroecologia, assim como sua sobrinha Clara.
A Laísa Santos Sampaio conheci na especialização de Educação do Campo (UFPA) 2009 e 2010 e todo o cuidado e orgulho que Maria tinha por Laísa (lembro muito deste aspecto). A Maria Antonia Araújo é muita amiga da Laísa e ficou em vários momentos do julgamento lhe apoiando.
Agora a parte mais importante já que tivemos justiça parcialmente considerando que o principal motivador das mortes foi absolvido.
QUEREMOS proteção para Laísa e familiares da Maria e do Zé conforme pedido da CPT e Anistia Internacional, que representam neste ato os/as amigos/as e familiares.
QUEREMOS ações de Desenvolvimento Sustentável no Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta-Piranheira, fortalecimento do Grupo de Trabalhadoras Artesanais Extrativistas - GTAE, ações de Educação Ambiental, Pesquisas voltadas para Agricultura Familiar.
O ESTADO Governos Federal e Estadual precisam entrar no caso com ação. As organizações precisam urgente OCUPAR o assentamento em questão com ações e por clamor de justiça e desenvolvimento sustentável.
A Laísa enquanto educadora do campo vou sugerir que encampe uma luta pela criação dentro do Projeto de Assentamento Projeto de Assentamento Extrativista Praia Alta-Piranheira uma Escola Família Agroextrativista (EFA) fundamentada na Pedagogia da Alternância.
Enfim, fizemos da nossa parte o minimo, MARIA e JOSÉ conte com nosso apoio em defesa da vida, da floresta e do meio  ambiente.

Emater ampliará atendimentos em Marabá, diz novo supervisor regional


 
O engenheiro agrônomo Genival dos Santos é o novo supervisor regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) em Marabá, no sudeste paraense. A posse será nesta quarta-feira (3), com a presença do diretor técnico da Emater, Humberto Reale, e dos representantes dos 21 municípios que formam a regional, a maior da empresa no Estado.
 
A região, que tem a bovinocultura como carro-chefe da economia, também conta com uma agricultura em franco desenvolvimento. Somente para a agricultura familiar, público principal da empresa, a Emater conseguiu internalizar, ano passado, junto aos agentes financeiros locais, cerca de R$ 36 milhões, alcançando 1.023 famílias, por meio de diversos projetos. Já foram liberados recursos para cerca de 60% dos projetos.
 
A Emater, que responde pelo maior número de atendimentos prestados aos agricultores na região em assistência técnica e extensão rural, dispõe de um quadro técnico qualificado composto por 152 profissionais nas várias áreas das ciências. São agrônomos, sociólogos, assistentes sociais, veterinários e agentes florestais.
 
Segundo Genival dos Santos, este ano a Emater pretende aumentar na região o número de famílias atendidas em pelo menos 10%, e desenvolver e aplicar tecnologias que ajudem os agricultores a aumentar a produtividade das áreas, atendendo aos princípios da agroecologia, conforme missão da empresa. Entre as propostas de disseminação de tecnologias está o incentivo aos pescadores artesanais no cultivo de peixes em tanque rede. A proposta é usar o rio para a criação do pescado, mas de forma racional.
 
Outra das ações prioritárias da Emater na região sudeste para este ano é aumentar em pelo menos 15% o número de elaborações de Cadastro Ambiental Rural (CAR) nas propriedades. O instrumento regulariza ambientalmente as propriedades e ajuda também na contenção do desmatamento. A emissão do CAR gratuitamente contempla apenas agricultores familiares com até quatro módulos fiscais de área.
 
Texto: Iolanda Lopes - 03/04/2013

Em Redenção, Emater promove a melhoria da produção de ave caipira



Em Rendenção, no sul do Pará, um projeto desenvolvido e executado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater) ajuda os agricultores familiares a melhorar a produção de galinha caipira e de ovo postura das aves. O trabalho oferece ao produtor uma nova alternativa de renda e influencia diretamente na melhoria da qualidade da alimentação das famílias.
Por meio de experiências desenvolvidas pela equipe da Emater, a partir do cruzamento de raças alcançou-se uma raça pura de galinha caipira, que tem tamanho e peso superior e garante três vezes mais o número de ovos por ave ao ano, se comparada à ave caipira (sem raça definida), criada de forma tradicional. A raça pura é resultado do cruzamento de espécies brasileira e americana.
Criada em moldes tradicionais, a galinha rende 80 ovos por ano. A raça pura caipira eleva a produção para até 260 ovos, se alimentada à base de ração. “No molde tradicional, mesmo com o agricultor deixando a ave pastar para se alimentar, se ela for geneticamente melhorada, ainda assim teremos uma produção de 160 ovos anualmente. A atividade tem viabilidade econômica”, diz Edilson Garcia, técnico em agropecuária da Emater, autor do projeto.
Agricultores interessados em desenvolver o projeto nas propriedades e com aptidão para a criação recebem da Emater dez pintos, em média, melhorados geneticamente, chamados de matrizes, gerados a partir da encubação dos ovos durante 20 dias a uma temperatura mediana de 37 graus.
Durante a entrega das aves, os agricultores recebem orientações fitossanitárias, técnicas de manejo de criação, preventivo das doenças, como vacinação, além de orientações para a fabricação artesanal da ração animal, o que diminui em pelo menos 30% os custos com a alimentação das aves. “Também orientamos a eliminação de todos os galos antigos para que a raça pura se desenvolva a contento”, enfatiza Edilson Garcia.
As aves já estão prontas para o abate a partir do quarto mês de vida, quando ultrapassam dois quilos de peso. O período é o mesmo para o início da produção de ovos. A produção tem mercado garantido. A unidade do frango custa em média R$ 25 no mercado local, e a dúzia de ovos, R$ 6.
 
   Texto: Iolanda Lopes - 05/04/2013

Em Jacundá, Emater ajuda a cultivar horta nas escolas da rede pública



Mais de 400 alunos da rede municipal de ensino de Jacundá, município do sudeste paraense, participam de um ciclo de palestras oferecido nas escolas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater). Com as palestras, os estudantes conhecem a empresa, sua importância e a necessidade de a produção agrícola seja feita de forma sustentável.

As palestras são a primeira etapa do processo de implantação do projeto “Emater vai à escola”, destinado a capacitar alunos e professores da rede pública para a produção de hortaliças, folhosas e hortaliças-frutos, dentro dos estabelecimentos de ensino.

No cultivo das hortas será utilizada a reciclagem de pneus, recolhidos em borracharias da cidade. A segunda etapa do processo será a prática do cultivo. Em cerca de mil e quinhentos metros quadrados serão plantados alface, couve, pimentão, cheiro verde e culturas de ciclo curto, que começam a apresentar os primeiros resultados 30 dias após o plantio. Cada escola terá uma horta.

Os produtos, que complementarão a merenda escolar dos alunos, não terão agrotóxico, para garantir uma alimentação mais saudável. “Nas hortas faremos uma rotação de cultura, o que evita pragas e doenças. Para a produção utilizaremos apenas esterco de gado”, informou José Luís Lopes, engenheiro agrônomo da Emater.

A implantação de horta orgânica nas escolas já tem resultado comprovado. Na Escola Municipal da Vila Limão, na zona rural de Jacundá, a Emater vem ajudando professores e alunos na produção de hortaliças, com a participação dos pais no processo de capacitação.

A horta da escola tem uma produção mensal de 250 maços de vários produtos. “É muito interessante ver que em algumas residências os pais também já estão cultivando a horta”, ressaltou José Luís Lopes.

 
Texto: Iolanda Lopes - 03/04/2013 - ASCOM - EMATER

Emater e Prefeitura de Nova Ipixuna trabalham contra o desmatamento


 
O Governo do Pará por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) e a Prefeitura de Nova Ipixuna estão unidas para combater o desmatamento no município, que fica no sudeste paraense. Embargado desde 2011, Nova Ipixuna tem pelo menos 70% de área desmatada. Para as atividades em campo, a Emater e a prefeitura celebraram nesta quarta-feira (3) um convênio de cooperação técnica.
  
As atividades começam com a capacitação oferecida pela Emater para técnicos da prefeitura, que serão cedidos para atuar especialmente na emissão de Cadastro Ambiental Rural (CAR). Também cabe à Emater a disponibilidade de máquinas, equipamentos e veículos. A prefeitura garante a logística para as ações.
  
Segundo o secretário de Meio Ambiente de Nova Ipixuna, Alexandre Galdino, a força-tarefa vai ajudar o município a cumprir o termo de ajustamento de conduta, assinado com o Ministério Público em 2011, que estipula pelo menos 80% de alcance das propriedades rurais regularizadas ambientalmente. “Sem a Emater, é impossível cumprir esse prazo, que já termina este ano”, enfatiza o secretário.
 Segundo informações da Emater em Nova Ipixuna, palestras, oficinas, a elaboração de CAR, a emissão da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familair (DAP) e a recuperação de áreas degradadas para a produção agrícola no município são ações implementadas para a saída da situação de embargo.
 Somente no ano passado, Nova Ipixuna produziu 35 toneladas de grãos, produção que abastece os mercados local e regional. Hoje a Emater desenvolve um trabalho ainda mais intensificado dentro do projeto de assentamento Praia Alta Piranheira, onde foi assassinado o casal de extrativistas José Claudio e Maria do Espírito Santo, em uma emboscada em 2011.
 No projeto de assentamento já foi instalada uma Unidade Demonstrativa de mandioca e está em fase final o projeto de implantação de um campo de produção de mudas de essências florestais e frutíferas, para ajudar na contenção do desmatamento, que só no último ano caiu em 70%. O trabalho acontece em parceira com o Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado (Ideflor).
“Com o trabalho intensivo em campo, queremos alcançar pelo menos 80% das propriedades rurais agrícolas familiares com a cobertura de CAR, conforme exigência do Ministério Público. Até agora, menos de 40% desse total já foram concluídos, e a grande maioria, executada pela Emater”, disse o técnico em agropecuária da Emater Hélio Campos. Para 2013, a empresa pretender elevar a produtividade da lavoura em até 15% e promover a aplicabilidade de novas tecnologias e o melhoramento do solo das áreas produtivas para provocar o aumento.
 
Texto: Iolanda Lopes - 03/04/2013 - Ascom EMATER

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Manifestação por Justiça, participe




Sugestão: os/as professores/as, alunos/as e demais profissionais vá até a frente do Fórum de Marabá, e colabore com uma Manifestação Coletiva que pede Justiça, considere esta atividade como uma aula de geografia, história, sociologia, filosofia, cidadania ou uma ação de extensão. Vá lá e participe com sua presença (dia e noite), conforme sua disponibilidade.

terça-feira, 2 de abril de 2013

ÍNDIOS, AGRICULTORES E COMERCIANTES: OS PRIMITIVOS



Damião Solidade dos Santos[*]

Apresentamos as principais informações sobre os primeiros habitantes do município de Marabá, a partir de informações obtidas no livro História de Marabá de Maria Virgínia Bastos Mattos, publicado em 1996.
Semelhante ao processo de habitação e colonização do Brasil (descobrimento ou invasão?) os índios são considerados os primeiros habitantes. Da mesma forma, também foram os indígenas os pioneiros da região de Marabá, mesmo antes de Carlos Gomes Leitão e Francisco Coelho da Silva (pessoas tidas como as principais fundadoras de Marabá).
O Coronel Carlos Gomes Leitão, vindo de Tocantinópolis – TO, entre 1894 e 1895, instalou o Burgo Agrícola Itacaiúnas, com apoio de 100 (cem) pessoas inicialmente nas proximidades do rio Itacaiúnas, numa área denominada “Quidangues”, posteriormente devido febres (malária) que acometiam as pessoas tiveram que se mudar para as margens do rio Tocantins.
Vimos que depois dos índios, os primeiros habitantes, são os/as agricultores/as liderados/as por um “coronel” que inicialmente desenvolvem agricultura e depois criação de gado em campos naturais, que pelo fracasso da colônia agrícola, passam para o extrativismo do caucho (Castilha elástica) e sucessivamente pela castanha do Pará (Bertholetia excelsa), consideradas as primeiras riquezas (atividades econômicas) de Marabá.
Atraídos pela exploração do caucho vieram várias pessoas dos estados do Maranhão, Goiás, Piauí, Ceará e outros. Originando no meio da população “os comerciantes”, que fizeram surgir o povoado de Marabá, em 7 de junho de 1898, sob a liderança do maranhense de Grajaú Francisco Coelho da Silva “Chico”.
A articulação política de comerciantes, políticos e intelectuais desencadeia uma organização para a emancipação política administrativa da localidade transformando em cidade e município, ato ocorrido em 05 de abril de 1913. Data de maior referência e comemoração, que no presente momento celebra seu primeiro centenário.
Atualmente os índios vivem nas “Reservas Indígenas”, mantém várias relações com a população urbana. Por exemplo: os índios Gavião, situado às margens da rodovia BR 222, as suas moradias não são mais as tradicionais “ocas”, tem escola, campo e time de futebol profissional, desenvolvem plantações agrícolas e recebem ajuda de custo (dinheiro). O referido apoio financeiro é dado através da mineradora Vale, em decorrência da Estrada de Ferro Carajás passar por dentro da área indígena e pela Eletronorte que tem o “linhão” de energia elétrica oriundo da Hidrelétrica de Tucuruí. Elegeram pela primeira vez um vereador.
Os/as agricultores/as e os/as comerciantes presentes desde a fundação de Marabá existem até hoje, evoluíram e diversificaram suas atividades. Ao longo do desenvolvimento da cidade e do campo. Surgiu o que podemos chamar de profissões ou grupos sociais, são: os/as castanheiros/as, as lavandeiras, os/as pescadores/as, os/as barqueiros/as e canoeiros/as, os garimpeiros de diamante e depois de ouro, oleiros/as, os/as comerciários/as, empresários/as, os/as ambulantes, os/as bancários/as, metalúrgicos/as, os garis, os pedreiros/as, carpinteiros, os/as motoristas e outros/as. Deve ter ficado de fora pouca gente! O nosso espaço aqui é limitado, fica a sugestão de uma pesquisa para estudar o papel dos referidos grupos sociais na construção do município envolvendo campo e cidade.
Referências
MATTOS, M. V. B. História de Marabá. Marabá - PA: Grafil, 1996.

Publicado no Jornal Opinião, Marabá– Pará, 2 e 3 de abril de 2013, Edição: 2309,  p. 2.



[*] Professor na Rede da Secretaria Municipal de Educação de Marabá (SEMED) e Extensionista Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PARÁ). dsolidade@bol.com.br