sexta-feira, 5 de abril de 2013

POR QUE PARTICIPAMOS DO JULGAMENTO E LUTAMOS POR JUSTIÇA?

Inicio explicando a nossa participação no julgamento dos acusados de matar o casal extrativistas. Para que as pessoas possam compreender por que fomos assistir o júri e apoiar os familiares. Às vezes podemos ser discriminados.
A Maria do Espirito Santo conheci em 1999 na implantação aqui na região do Programa Nacional de Educação na Reforma (PRONERA), projeto envolvendo INCRA/MDA como financiador e executado pela UFPA em parceria com FETAGRI e MST, atuou como monitora do referido programa na alfabetização de agricultores/as, para evitar termos na sociedade os "os monstros" que lhe assassinaram e alegaram no julgamento serem "analfabetos" faltaram alegar serem "insanos"... A Maria fez toda a sua formação no PRONERA: ensino fundamental, ensino médio e educação superior, formada na turma Pedagogia do Campo. O Zé sempre ao seu lado um verdadeiro companheiro, morreram juntos.
A irmã do Zé José Cláudio Ribeiro da Silva a Claudelice Santos foi aluna da Escola Família Agrícola (EFA) de Marabá, curso técnico em agropecuária com enfase em agroecologia, assim como sua sobrinha Clara.
A Laísa Santos Sampaio conheci na especialização de Educação do Campo (UFPA) 2009 e 2010 e todo o cuidado e orgulho que Maria tinha por Laísa (lembro muito deste aspecto). A Maria Antonia Araújo é muita amiga da Laísa e ficou em vários momentos do julgamento lhe apoiando.
Agora a parte mais importante já que tivemos justiça parcialmente considerando que o principal motivador das mortes foi absolvido.
QUEREMOS proteção para Laísa e familiares da Maria e do Zé conforme pedido da CPT e Anistia Internacional, que representam neste ato os/as amigos/as e familiares.
QUEREMOS ações de Desenvolvimento Sustentável no Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta-Piranheira, fortalecimento do Grupo de Trabalhadoras Artesanais Extrativistas - GTAE, ações de Educação Ambiental, Pesquisas voltadas para Agricultura Familiar.
O ESTADO Governos Federal e Estadual precisam entrar no caso com ação. As organizações precisam urgente OCUPAR o assentamento em questão com ações e por clamor de justiça e desenvolvimento sustentável.
A Laísa enquanto educadora do campo vou sugerir que encampe uma luta pela criação dentro do Projeto de Assentamento Projeto de Assentamento Extrativista Praia Alta-Piranheira uma Escola Família Agroextrativista (EFA) fundamentada na Pedagogia da Alternância.
Enfim, fizemos da nossa parte o minimo, MARIA e JOSÉ conte com nosso apoio em defesa da vida, da floresta e do meio  ambiente.

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