Mesa de abertura com as autoridades e palestrantes |
Bastante movimentados, os dois dias de realização da 4ª
Conferência Municipal de Educação, no plenário da Câmara Municipal reservaram
momentos marcantes para as dezenas de delegados que representavam os diversos
grupos presentes a essa importante rodada de debates. O evento foi aberto na
quinta (20), com representações culturais folclóricas, passando-se na sequência
à ritualística cívica com execução dos hinos nacional e do município e
apresentação da mesa composta por autoridades e palestrantes. No primeiro dia
de Conferência, falaram ao público: O professor Carlos Augusto Abicalil, membro
do Conselho Consultivo da Confederação de Educadores Americanos, Walisson
Maurício de Pinho Araújo, Coordenador Geral de Apoio à Gestão Democrática do
MEC e a professora Drª em História, Idelma Santiago da UFPA.
Em sua fala, o secretário Luiz Bressan afirmou que “embora
existissem tantos problemas e desafios a serem superados, a realização da
Conferência, já era uma vitória, pois trata-se do espaço legitimo de discussão
com toda a sociedade de questões
importantes para a educação”.
Ele afirmou que “os debates travados nos dois dias irão
resumir o que se espera, enquanto “metas” da educação brasileira para os
próximos anos”. Bressan lembrou que “o texto do Plano Municipal de Educação
seria distribuído para que os delegados presentes pudessem debatê-lo,
avançando, refletindo e chegando ao consenso”, concluiu.
Para o secretário, o momento é de avançar no debate de
educação. Foram elencadas por ele, entre outras demandas prioritárias para o
governo João Salame Neto, a construção de escolas e a regularização da educação
municipal junto ao MEC, com a retomada de todas as obras do (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Escola) FNDE, que hoje está orçado em R$ 50 milhões no
município.
Após as primeiras falas das autoridades, com o consentimento
do prefeito João Salame, aconteceram protestos dos sindicalistas ligados ao Sintepp,
que adentraram o recinto com faixas onde se manifestavam com base nas pautas de
reivindicações referentes ao pagamento retroativo do interstício e do piso
salarial nacional em duas parcelas. Os manifestantes usaram a palavra, foram
ouvidos e depois dos protestos, a programação seguiu normalmente.
Para o
conferencista,Walisson Maurício de Pinho Araújo do MEC, as manifestações feitas
pelo Sintepp, no plenário da Câmara foram legítimas, o Coordenador, ao citar
Paulo Freire, deixou um recado aos educadores presentes, dizendo: ”ai daquele
que parar com a sua capacidade de sonhar, de inventar a coragem de denunciar e
anunciar”, se referindo à busca por uma educação melhor através dos diversos
meios.
Ao tratar da Conferência, Walisson afirmou que nas “últimas
décadas houve resistência à construção de um “plano Nacional de educação” pelas
mais diferentes razões. Sobretudo pelo temor de que um sistema de âmbito
nacional pudesse representar um uma maior intervenção por parte do estado na
discussão. Ele ainda elenca os regimes ditatoriais, que ao longo do tempo
interromperam as políticas de continuidade para o setor”, como outro ponto para
justificar a resistência.
Carlos Augusto Abicalil, em sua fala inicial, ressaltou a
participação mais ampla de todos os setores interessados no debate da educação
e pioneirismo da prefeitura ao assumir um
perfil democrático de gestão, que agrega tantos atores importantes nesse
momento histórico.
O conferencista fez destaques sobre o que chamou de
“participação igualitária do ponto de vista do gênero”, se referindo à maciça
presença feminina na mesa diretora. Antes de agradecer o convite do prefeito
João Salame Neto e do secretário Luiz Bressan, Abicalil falou sobre “os grandes
desafios que se colocam frente à gestão municipal, como o vertiginoso
crescimento da população local, o que aumenta o ônus para o administrador
público, principalmente no que diz respeito à educação”, afirmou.
A professora, Idelma Santiago, que conduziu a palestra sobre
Educação no Campo, falou dos desafios que o setor enfrenta. Ela fez críticas ao
Governo Federal e suas políticas voltadas para o campo,afirmando que
“aconteceram avanços no âmbito da legislação, mas em contrapartida, muitas
escolas rurais foram fechadas”. Idelma Santiago considerou que estudos apontam
para um tratamento diferenciado quando o assunto é Educação no Campo, coocando
esta clientela em desvantagem segundo ela. A palestrante respondeu as perguntas
e tirou dúvidas dos educadores.
A partir das 15h30 tiveram início as Discussões do Grupos de
Trabalho em torno dos eixos temáticos da Conferência, o que se deu na escola
Artur Guerra, na agrópolis do Incra.
s
Resultados
No último dia, foram escolhidos pelos próprios pares, 57
delegados que representarão o município na futura Conferência Estadual de
Educação. Tudo aconteceu em meio a um processo amplamente democrático, de
acordo com aquilo que reza o documento da CONAE (Conferência Nacional de
Educação).
Foto e texto: André Vianello ASCOM/SEMED
É extremamente importante que se tenha, nas redes sociais, um instrumento de divulgação das ações importantes que influenciam na construção de políticas para a educação, de forma coletiva e participativa. Sem dúvida, ações como a Conferencia, resultarão na melhoria do ensino nos municípios. Parabéns, Damião, por estar sensível às questões da educação, e fazer do seu blog não somente um espaço para críticas, mas também para contribuir com a construção de uma educação digna para todos. Um abraço.
ResponderExcluirObrigado professora Flor o seu comentário nos estimula a continuar nesta trincheira na defesa da educação. Temos nos esforçado para colaborar com André...
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