Jonas Responsável pela Unidade Administrativa de Marabá |
“Quando chegou a Marabá, em 4 de fevereiro de 1980, o técnico em
contabilidade Jonas Soares Santos, então com 31 anos de idade, foi uma das
milhares de testemunhas de dois grandes fatos que mudaram a vida do município:
a grande enchente, considerada a maior de todos os tempos; e a descoberta do
ouro de Serra Pelada, que iniciou novo ciclo mineral na região e provocou uma
enorme e desordenada migração para o município.
Casado com Francisca Reis dos Santos e então com cinco filhos pequenos,
Jonas que é natural de Bragança, onde viveu até 1980, após ter sido aprovado em
concurso público admitido na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Pará (Emater), em 7 de maio de 1976, como assistente de administração e, menos
de quatro anos depois, transferido para Marabá.
Aqui ele veio reforçar uma equipe de 30 profissionais das áreas técnica
e administrativa que trabalhavam sob o comando do supervisor regional, o engenheiro
agrônomo Júlio Pessoa de Carvalho, o qual tinha sob sua responsabilidade 11
Escritórios Locais. Na época, a Associação de Crédito e Assistência Técnica e
Extensão do Pará (Acar – Pará) estava sendo extinta e criada a Emater – Pará.
‘Foi um tempo de transição, em que, com a descoberta de Serra Pelada e
com Marabá sendo a cidade mais desenvolvida da região, houve uma explosão de
preços na cidade, onde tudo ficou mais caro, desde a alimentação ao aluguel’,
lembra Jonas, que junto com a família teve que ‘apertar o cinto’ e chegou a
pensar em voltar para sua tranquila Bragança.
Mas, já era tarde. Mesmo recém-chegado, ele imediatamente imprimiu a
marca de dedicação e de sua competência no trabalho do dia-a-dia e conquistou a
simpatia de seus colegas e, principalmente a confiança do engenheiro agrônomo
Júlio Carvalho que fez de tudo para que Jonas não deixasse o Escritório
Regional, onde ele permanece até hoje,
‘Na época não se ouvia falar em invasões nem ocupações de terra. A
Emater trabalhavam em propriedades cujos donos recebiam as terras do Incra. E
todos os agricultores assistidos por nós se saíram bem em suas atividades e
conseguiram caminhar com as próprias pernas, tornando-se grandes produtores’
lembra ‘seu’ Jonas, como trata respeitosamente a maioria dos funcionários da
Regional [...].
Após enfrentar as dificuldades dos anos 1980, somente 12 anos depois, em
1992, ‘seu’ Jonas e os colegas passaram por nova turbulência. Foi quando o governo
da época quis extinguir Emater, mas todos os servidores, unidos conseguiram
convencer os governantes e a Assembléia Legislativa do Estado a recuarem da
decisão e, assim, a presença permanece firme até hoje.
Sinto-me muito feliz aqui na Emater, à qual tenho dedicado mais da
metade da minha vida e onde tenho solidificado grandes amizades ao longo dessas
mais de três décadas. Pois, cada uma das pessoas que aqui trabalham, para mim
são muito mais do que simples colegas’ afirma Jonas Soares Santos.
‘Foi na Emater que consegui construir tudo o que tenho e também criar e
encaminhar na vida todos os meus seis filhos, vendo-os crescerem e se tornarem
pessoas de bem. Quatro deles já estão casados e até o momento me deram 10
maravilhosos netos’, conclui Jonas, que daqui a três anos se aposenta, mas
ainda não tem planos para o futuro, a não ser continuar vivendo em plena
harmonia com sua Francisca e os filhos Geovani (psicóloga), Sílvio, Silvane,
Gilvano, Sandro e Valéria ”
(JORNAL IMPRESSO) ANO I Nº 2 JULHO/AGOSTO DE 2008. MARABÁ –
PARÁ. PÁGINA 7.
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